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03 dezembro 2019

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Casa Fototerapia

Dermatite atópica

Dermatite atópica

Caracteriza-se por lesões inflamatórias da pele, avermelhadas, que coçam muito, ficam úmidas e descamam. Começa habitualmente no primeiro ano de vida, tem uma evolução crônica e cerca de 60% das crianças apresentam redução ou desaparecimento das lesões antes da adolescência.

A doença

A dermatite atópica (também chamada de eczema atópico) é uma dermatose frequente, de causa desconhecida, multifatorial, inflamatória, crônica, não contagiosa, de evolução cíclica com períodos de melhora e piora. Tem uma base genética familiar e freqüentemente está associada à asma ou bronquite e rinite alérgica. Um pouco mais frequente nas áreas urbanas.

No bebê as lesões predominam na face e nas superfícies externas dos braços e pernas. Nas crianças maiores e nos adultos as lesões acometem principalmente as dobras do corpo, como as dos joelhos, cotovelos e pescoço. Em casos muito graves as lesões podem atingir todo corpo. A pele geralmente é seca, com tendência a infecções virais e bacterianas. As fases de piora podem ser decorrentes do próprio ressecamento, do ato de coçar, das infecções, do contacto com produtos irritantes ou roupas sintéticas e de lã, da baixa umidade do ar, calor ou frio em excesso e de fatores psicológicos. Certos alimentos podem agravar a dermatite atópica, mas não é a causa frequente, tendo um papel controverso.  Nos quadros clínicos mais leves, assim como em crianças maiores e adultos, a presença da alergia alimentar é muito rara. Os principais alimentos quando envolvidos são os leites de vaca e de cabra, ovos, peixes, crustáceos, milho e amendoim. A retirada do alimento suspeito contribui para a melhora do quadro clínico, mas não cura a doença. A coceira é muitas vezes intensa e leva a distúrbios de sono, irritabilidade e diminuição da qualidade de vida.

O controle da dermatite atópica é feito através da redução da exposição aos fatores desencadeantes e tratamento das crises agudas. O banho deve ser de morno para frio, rápido e sem buchas. O uso de hidratantes hipoalergênicos e sem perfumes deve ser diário e utilizado logo após o banho, ainda com a pele úmida.

A redução da população de ácaros no ambiente e na pele pode melhorar os sintomas da dermatite atópica. Importante evitar carpetes e cortinas. Usar protetores de colchões e de travesseiros e lavar semanalmente, roupas pessoais e de cama devem ser exclusivamente de algodão. Evitar cachorros e gatos dentro do quarto bem como evitar contacto com bichos de pelúcia.

O tratamento das crises passa por corticosteroides tópicos e ocasionais orais, inibidores de calcineurinas tópicos (tacrolimus e pimecrolimus), hidratantes, anti histamínicos sedantes para controle do prurido e em casos mais graves e recorrentes há indicação do uso de imunossupressores. A fototerapia pode ser uma ferramenta para tratamento da dermatite atópica moderada a grave, com excelentes resultados.